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Noé Gomes
Lição 09 Tema: O tempo para todas as coisas.
Texto Áureo: Para tudo há uma ocasião, e um tempo para cada propósito debaixo do céu: Eclesiastes 3:1
Introdução:
Alguns filósofos denominam esta era como “a era do vazio e das incertezas”. Vivemos em uma sociedade onde o relativismo toma de conta, onde não há um conceito absoluto, ou uma “verdade”, hoje existe as “verdades”, estas desprovidas de qualquer sentido.
O livro de Eclesiastes mostra a crise de um homem que vive a falta de harmonia existencial. Que procura viver uma vida intensamente, mergulhada num mundo duvidoso e sensual, ate descobrir que uma sem Deus é uma corrida atrás do vento.
I – Eclesiastes, o livro e a mensagem.
Se Salomão foi realmente o autor, é provável que o livro seja um produto dos seus últimos anos. Como ele (Salomão) reinou de 970 a 930, o livro deve ter sido escrito em 935 a.C., aproximadamente.
Embora seja Salomão o único autor provável, eruditos conservadores dividem-se quanto à possibilidade de ele ter realmente escrito o livro. Precisamos lembrar que, nos tempos antigos, atribuir um livro a um autor famoso era considerado uma honra prestada a esse autor, especialmente se uma de suas ideias estivessem perpetuadas. Muitas obras antigas eram atribuídas a pessoas bem conhecidas com o propósito próprio de promover certas ideias ou filosofias e com a esperança de que o nome vinculado ao livro ajudasse em sua distribuição. Por tanto a afirmação de que certa pessoa é declarada a autora de um livro não garante que assim tenha sido.
O trecho de Eclesiastes 1.1 atribui o livro a Salomão, mas Lutero negava a veracidade desta afirmativa. De modo geral os eruditos liberais concordam com a avaliação de Lutero, e é seguro dizer que muitos interpretes conservadores também o fazem.
No entanto precisamos analisar:
Em favor de Salomão como autor do livro:
1. Eclesiastes 1.1 atribui o livro a Salomão e 1.12-13, quase certamente o faz.
2. A sabedoria de Salomão é refletida em vários textos, com declarações que mostram a Salomão a falar. (Ec 1.6; 2.3-6; 2.7-8).
3. A tradição Judaica atribuiu o livro a Salomão, embora alguns dos rabinos em época mais recente tenham sugerido que possivelmente houve aprimoramento por escribas, tais como os “homens de Ezequias”.
Contra a autoria Salomônica:
1. Coisa alguma é mais clara, nos documentos antigos, do que o fato de que as declarações que afirma autoria com frequências são espúrias.
2. As condições históricas não parecem ser da época de Salomão.
3. O nome de Salomão não aparece no livro, ao passo que tal coisa acontece no livro de provérbios e cantares.
4. A linguagem, o uso das palavras e o estilo são supostamente pós-exílio, contendo muito do aramaico.
5. O autor sagrado pode ter sido um admirador de Salomão e de sua sabedoria, pelo inclui referencias pessoais a ele, bem como circunstancias de sua vida, embora esse autor não fosse o próprio Salomão. O livro apócrifo, sabedoria de Salomão, é outro exemplo do nome desse monarca Judeu sendo usado para dar prestigio a um livro. E outros mais...
II – Discernindo os tempos.
Um dos temas bem claro no livro de Eclesiastes é o da transitoriedade da vida. Cada individuo é levado a pensar que pertence a algo especial, ou que tem algo especial a fazer. Mas cada individuo passa conforma acontece a todos os outros. O autor sacro nada descobriu de remidor na vida humana. A única coisa permanente são as mudanças mais essa é uma falsa permanência.
Muitos procuram a satisfação em sabedoria, outros em prazeres, outros com uma vida cheia de posses, e ainda outros buscam suas realizações no próprio trabalho. No entanto o pregador chegou à conclusão de que tudo é vaidade.
Deus é o autor do tempo; não está sujeito a ele; existe desde “antes dos tempos dos séculos” (Tt 1.2), isto está muito claro na expressão: “Eu sou o que sou” (Ex 3.14). Aqui fica evidente tanto a auto suficiência como da auto existência.
A eternidade denota que Deus é livre de toda a distinção temporal de passado ou de futuro. Não teve Ele um começo nem terá fim em seu ilimitado Ser. A Bíblia o apresenta com o qualificativo “eterno” – que existe desde a eternidade.
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